ENCHER-SE COMO NOVA CRIANÇA
Recusei-me, por um instante, a leitura-ofício.
Vez ou outra, o tempo permite ao homem esvaziar-se,
ficar pequeno e leve como nova criança.
Eu me fiz isso por instante agora,
era urgência minha esvaziar-me e me ficar cheio
de outras leituras que acrescem,
que enchem a gente de viver a abundância de
pensar sem cronômetro.
Sei que ser nova criança é reativar, na gente,
a fantasia adormecida.
Sei também que esvaziar-se
não é como se tornar pequeno,
mas tão grande quanto ser nova criança
é se reviver sublime
como um novo amanhecer.