SOPRO DE VIDA

Do broto à flor rompe intrépido o fruto,

Que em gestação exígua pariu a natureza,

E no despertar da vida enfeita a crença,

Do sublime nascimento traz consigo a ciência.

E no florir da linda festa ao sol reverencia,

No desnudar a planta desperta o fruto sem clamor

Na cor marcante faz rever breve balanço,

No ninar do vento amigo desponta sem temor.

Tal qual a flor que fez o fruto é a criança

A crescer no ventre da mãe terá sua história,

Resultado de um encontro tão fecundo onde,

A própria carne , resoluta germinou está vitória.

Tranquilo embrião navega em mar de afeto,

E faz da mãe a proteção querida,

E ao dar à luz demonstra que a vida,

É a mais perfeita obra na terra produzida.

Maduro é expulso do ventre a imagem pura,

Aos berros se opõe em conhecer do mundo,

Tão vulgar, indiferente, frio assim desnudo,

Oposto ao quente ninho que deu - lhe tudo.

Eis o porquê do mais estérico dos brados

Ao resvalar o firmamento vai de encontro a Deus,

Num lamentar profundo ao separar do corpo amigo,

Longe da paz e do silêncio que por algum tempo o protegeu.

CRS 26.11.07

TEACHER
Enviado por TEACHER em 27/11/2007
Reeditado em 12/07/2008
Código do texto: T754302
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