Ensolarada manhã que a estrada abraça
Ensolarada manhã que a estrada abraça
Beija o solo umedecido da noite
Aquece a flor que balança no vento
És a hora esperada de todas as noites
És a doce espera de quem viu a madrugada
Muitos não acordam, conseguem te ver
Outros tentam, mas não querem mais
Acham que és violenta demais para as sombras
Descobridoras das causas insanas
Melhor não te ver e calados continuar a sofrer
És o motivo de todos os crentes
Daquele que nunca perderam a sua esperança
Nas suas fragilidades caíram em desespero
Mas puderam confiar e do canto levantaram
São das noites solitárias e escuras os sobreviventes.