OUÇO...

Ouço os gritos dos aflitos,

De um itinerário pedido, eles são os filhos,

Às vezes sangram sem a ferida encontrar,

E outras vezes carregam um mapa que não sabem explicar,

Multidão de olhar perdido,

Presos no fluxo estabelecido,

Sem saber como a maldição quebrar,

Ou como recuperar o ar.

Ouço os uivos dos oprimidos,

Pela vida retorcidos,

Suas palavras silenciadas,

Pois sempre é voto vencido,

Muitos querem gloria e fama,

Outros querem amor ou grana,

Liberdade para sonhar,

Livres do que possa sufocar.

Ouço tempos de esperança,

Enquanto tentam sair da lama,

Motivo para sair da cama,

É o que a humanidade clama,

Água limpa para beber,

Novo caminho para vencer,

Quem nos pode limitar,

Quando decidirmos voar.

Ouço o grito dos aflitos,

E os uivos do oprimido,

Multidão de olhar perdido,

Pois sempre é voto vencido,

Mas ouço tempos de esperança,

Forças para sair da cama,

Amanhã você vai vencer,

E amar viver, quando menos perceber.