temores de uma jovem
Ela olhou para o horizonte,
Tons colores dourados e avermelhados dominavam o crepúsculo,
O sol despedia-se aos poucos,
A conta-gotas,
Teimosamente rompia a linha tênue,
E ia ao encontro do seu repouso.
Seus pensamentos vagavam ao esmo,
Na ausência de um porto seguro fixo,
Cada indagação resultava no mesmo.
A contemplação do impávido cosmo,
Atemorizava a doce jovem,
Seus anseios colocados em cheque,
E um ar de insegurança pairava,
Sob a forma de uma terrível nuvem.
As incertezas insensatas da vida,
Tomavam forma de um dragão interior,
O futuro não passava de mera especulação,
Tinha ciência do passado ulterior,
Mas o que lhe tolhia a jovialidade,
Era o presente insípido e volátil.