NASCIDO DA DOR
Há vida
Há vida
Além dessa presente experiência sombria
Abra-me a mente, oh Deus!
Apenas um abraço!
Apenas uma chance!
Supliquei!
Poderia eu padecer alí mesmo
Não via luz no fim do túnel
Embora ela estivesse lá
A dor da transformação
Era muito maior que a dor de padecer alí.
Donde veio aquela força
Que me fez liberto?
Embora
prostrado
Alienado
Subjulgado
Alucinado
Pelas sombras enegrecidas da minha mente
Alguém ouviu quando supliquei
Fui pego pelo colo
Gritei, chorei
Dormi, aquietei
O sol era brilhante
Minha mente não o via
Sombras que criei o encobria
Donde veio aquela força que me fez liberto?
Como uma mulher ao dar a luz, em gritos e prantos de dor, nasci
Da dor renasci
A dor se foi
As cicatrizes ficaram
Finais felizes existem
São precedidos da morte
Supera-la é necessário
Na futuridade há canto de pássaros.
Acalma-te, alma
A dor é o antecedente
As cicatrizes são eternas
A paz é o saldo da guerra