Terrível momento...
Por estes tempos difíceis de penúrias
Desgovernos, dores, crises e insanidades
Em que comer o suficiente, bem e com dignidade
Tornou-se uma guerra, uma luta. quase uma aventura
À levar a vida em frente, perseverar, resistir e não fraquejar!
Por isso digo, quem tem lá seu modesto empreguinho
Que segure, num sincero conselho que dou a vocês
Apertaram-se em nós, todos os laços e cintos, de uma vez
Esse foi, é, e sempre será o melhor caminho
Sendo que a ordem agora, é economizar, poupar e poupar!
E foi isso que aconteceu, com o pobre e bom João
Homem simples, honesto, trabalhador, justo e forte
Pra não cair (ele e os seus), esmorecer, ver perder seu norte
Na dura, dolorida e santa rotina da lida, na vida de um cidadão
Passa a trabalhar, sem escolher no" quê", dia e noite/ noite e dia, sem cessar!
À sair diariamente pro 'trampo', no ‘abrolhá’ das madrugadas
Deixando em casa, mulher e filhos, bem cedo
Sem esquecer de ir, de cama em cama, dar-lhes um beijo
Até quem sabe melhorar, essa “tár”, vida malvada
Aguardando assim, quem sabe, “inté as coisa se ajeitá”!
Acredito e reverbero até quando puder, um velho e sábio ditado
Que diz mais ou menos assim: “”Não há mal sempre dure
Mas se esforcem... esperem mais um cadinho e ´por favor, se segurem
Porque o "Bem" há de vencer e certamente, o mau será derrotado
Tendo fé que quem já fez pelos pobres um dia, novamente tornará!