O APRENDIZ MEU ETERNO

 

Não aperte o play! se vive

turbulências sem se to-ca-rem as pálpebras suas

e se furacões lhe atravessam fazendo-lhe 

se perder na sua própria expiração

— não. há. ar. que entra.

não se har-mo-ni-za.

sai depressa, sem se a-con-che-gar.

 

Eu já soprei correntes sem destino certo,

mas neste instante — o agora!

— so-pro brisa que pai-ra:

ventanias destroem a vizinhança

que abriga a sede faminta outra.

E nas desesperanças sedes

o desejo vira desespero.

 

No medo encoberto,

a rede se automatiza.

Então peço-lhe a minha licença

para que sua face turbulenta 

de mundano aprendiz se una

ao aprendiz meu eterno.

Kélisson Gondim
Enviado por Kélisson Gondim em 30/04/2022
Reeditado em 07/06/2022
Código do texto: T7506373
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.