O APRENDIZ MEU ETERNO
Não aperte o play! se vive
turbulências sem se to-ca-rem as pálpebras suas
e se furacões lhe atravessam fazendo-lhe
se perder na sua própria expiração
— não. há. ar. que entra.
não se har-mo-ni-za.
— sai depressa, sem se a-con-che-gar.
Eu já soprei correntes sem destino certo,
mas neste instante — o agora!
— so-pro brisa que pai-ra:
ventanias destroem a vizinhança
que abriga a sede faminta outra.
E nas desesperanças sedes
o desejo vira desespero.
No medo encoberto,
a rede se automatiza.
Então peço-lhe a minha licença
para que sua face turbulenta
de mundano aprendiz se una
ao aprendiz meu eterno.