Querer
Quero o porto seguro das gaivotas solitárias,
em festivos dias de cardumes, sem atropelos,
das esperanças renascidas nessas viagens,
entre tantos mares, em liberdade, nesses voos.
Quero os dias contados, ansiosos, desmedidos,
onde não haja tristezas, somente semblantes límpidos,
dessas pessoas em amores vastos e verdadeiros,
com minha vida imprimindo novas esperanças.
Quero você nesse porto seguro, nesses dias contados.
Quero você como a âncora me aprisionando, ternamente!
Caminhar entre segredos compartilhados, a esmo,
na completude dessa entrega, na essência dessa vida, quero!
Quero esses desejos por esses mares profundos, incertos,
observando as gaivotas, acolhendo-me nesses tempos previsíveis.
Nessa paisagem que nos cerca, derramar-me nesse silêncio.
Alimentar-me de esperança e devaneios, sempre quero.
Quero o porto seguro dos seus beijos, entre segredos.
Enveredar-me por seus lábios no conforto dessa casa.
Quero o mar das gaivotas, emoldurando essa paisagem,
esculpir na areia a silhueta desse seu corpo frágil, simplesmente.
Quero mais, nesse cais, entre tantos instantes plenos.
Derramar novos segredos, entrelaçar-nos novamente,
nesse mudo momento desses pássaros solitárias, entorpecer-me.
Abrir janelas, entre a lucidez e a loucura dessa paisagem intensa.
Quero o mar das minhas lembranças nessa poesia!
Do seu corpo no deleite desse encontro, quero descobrir segredos.
Nas areias dessa praia erma, caminhar ao seu encontro,
disseminando nesses mares novos horizontes, tantos segredos.