Na roda da ciranda
A terra se calou por ora
E os pequeninos se reuniram pra dançar in memoriam
E nos olhos dos maiores também brilhou o fulgor da aurora
O céu reluzia um tanto diferente e o azul parecia ainda mais resplandecente
A paz se assentou no seu trono ao cair da décima segunda hora
E água corria cristalina seu curso além das hordas
Todos sairam pra fora rumo a luz acolhedora e um tanto indecente
Depois que a onda passou avassaladora e inclemente
Ouviram rumores que nada restaria
Mas quem diria que as estatísticas errariam
E venceram aqueles que manteram a perseverança em cada honraria
Sigo em passos serenos e os observo do topo daquela nova moradia
Sorrio e ela retribuiu como quem convidaria
Se une aos pequeninos e canta ainda mais mais radiante e jovial
E olha que que nem era natal
Lá fora a harmonia se deleitava de tamanha nostalgia
E eu via a esperança na roda da ciranda em plena luz do dia
Cantando entre risos que a onda passou e viriam novos dias
Caminho em direção a tamanha magia e quem diria entro na roda daquela que quase exterminei um dia
Ali em memória de quem fomos um dia louvamos com fé que tudo se renovaria
E lá fora debaixo do calor da aurora se fez um novo dia e uma nova história