MANHÃ
Afasto a cortina.
Da janela espio a manhã
despontando faceira,
ainda menina,
nesta segunda-feira,
vestida de purpurina.
Volto para a cama
por mais meia hora.
Sei que há sol lá fora,
levanto-me, faço uma prece
e saio, levando no bolso
um punhado de esperança,
pois a manhã que me desperta assim,
traz uma alegria que não cabe em mim.