ALQUIMIA POÉTICA



Um verso na cabeça, o celular na mão
Entre os dedos o abominável cigarro, aceso
E os copos sobre o balcão

Assim o poeta começa o dia
Também na cabeça, a soberba fantasia
De no futuro, ser um imortal

"Não posso vender mais fiado
Vem lhe avisar o gerente
Se quiser beber, pague adiantado"

AFF que mesquinharia!
E nem é, um lugar decente
Ainda assim, haverá poesia sim!

S. Paulo, 27/10/1995

www.cordeiropoeta.com.br