PETRÓPOLIS
A natureza em fúria,
Ela dá a cura,
Mas também sabe cobrar,
Infelizmente o preço, ninguém pode pagar.
Chora eu, chora você,
Não tem o que fazer,
A não ser tremer,
Cenas terríveis a devastar.
Um morro, eu sofro,
Um paraíso destruído.
Não corro, o sofrimento na tevê,
Olhos, coração, ouvido.
Sirenes da morte,
Enxurradas sem cortes,
Ônibus tragados, crianças desaparecendo,
Velhinhos sob a lama, a alma debaixo da cama.
O rei não está ali, belezas sem ti,
Abelhas sem própolis.
Natureza em fúria, que tragédia,
Tristeza enorme, oh Petrópolis.
Edir Gonçalves