AMANHÃ É PRA SEMPRE

Em minhas andanças tão fatigadas

Sou um poeta errante

Sou um estranho no mundo

A alma já quase cega pela solidão

Abafo o choro com as costas das mãos

Mergulho no mar morto de lágrimas

A falta do fôlego me sufoca...

Sufoca-me também

A fome das crianças

Sem escolas

E sem esperança

De um dia melhor viver

Com o pai desempregado

O pobre coitado

Não sabe o que fazer

Vive na rua a mendigar

Com esperança de encontrar

Um lar para morar

E com dignidade poder viver

Lírio Reluzente e José Paraguassú
Enviado por Lírio Reluzente em 30/01/2022
Código do texto: T7441320
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