AMANHÃ É PRA SEMPRE
Em minhas andanças tão fatigadas
Sou um poeta errante
Sou um estranho no mundo
A alma já quase cega pela solidão
Abafo o choro com as costas das mãos
Mergulho no mar morto de lágrimas
A falta do fôlego me sufoca...
Sufoca-me também
A fome das crianças
Sem escolas
E sem esperança
De um dia melhor viver
Com o pai desempregado
O pobre coitado
Não sabe o que fazer
Vive na rua a mendigar
Com esperança de encontrar
Um lar para morar
E com dignidade poder viver