VIDAS SECAS
A estiagem no sertão
Faz o sertanejo sofrer
Pois a plantação
Que seria seu sustento,
Aos poucos vai morrendo.
Sua família padece...
Com a fome e a sede
Que assola o sertão.
Sobraram apenas pra comer...
Os poucos grãos da última colheita,
Que para plantar reservara!
A água da pequena cisterna
Já está quase no final
E a sede será fatal
Se logo não chover.
Os poucos animais que restam
Estão magros e sem forças,
Não tendo o que comer
Vão sucumbindo aos poucos.
O sertanejo é forte...
Na aridez do sertão.
Não perde a esperança
E também não perde a fé.
Espera pacientemente...
Olhando o sol no horizonte
Faz uma prece chorando,
Rogando a Deus na esperança,
Que um dia a chuva virá.
A mulher e os pequenos
Dependem do seu labor,
Pra poderem sobreviver.
Quando essa seca amainar...
Vai plantar sua semente
E esperar a colheita.
Para a fartura chegar
E sua família alimentar.
Mesmo nessa penúria...
Ele ama sua terra
Onde está sua raiz.
Seu amor e sua história.
É lá que quer ficar...
Até o final de seus dias!
28 de Janeiro/2022
There Válio