O silêncio do abismo: dueto com o poeta Passaroazul
Petrificada…
Olho o abismo à minha volta
Sou pequena. A corda azul na qual me apoio está ruindo
Uma imensidão se descortina
Salto… no abismo
Medo
Caio com rapidez, minha cabeça está oca…
Não tenho saída
Desespero
Mas, sinto que algo macio me acolhe, da cor da corda
Meu corpo passa a voar, não mais a cair
Nas asas de um pássaro
Flutuo por entre pensamentos outrora corrosivos
Subvertendo o medo em pulsão de vida
Me desprendo do que antes me cativara
Me apego ao efêmero natural em forma de rapina
Sinto a maciez tocar minha alma
A corda se encontra rente à minha vitória
O pássaro entona uma canção guiada por meu coração
Sou levada para as estrelas em um céu que não se finda
Esperança
Me sinto segura em meio ao caos
Sinto que posso voar eternamente
...
O abismo se esqueceu de meu nome
Dueto: Bia Fischer e Passaroazul
Esse escritor brilhante é uma fonte de inspiração!