Daria uma de minhas vidas por um segundo do teu perdão


Não sei por onde começo
não sei se te imploro
ou... simplesmente te peço
se me dissolvo por dentro... se choro
se escondo de ti o meu pranto
não sei se deixo o meu desespero
o fel do meu desencanto
meu louco e inevitável exagero
dizer por mim as palavras
guiar minha tão pouca razão
tirando do peito todas as travas
cravadas nas asas do teu perdão

Não sei por onde prossigo
não sei se suplico
ou... simplesmente maldigo
se me absolvo... ou me crucifico
se escondo de ti a minha agonia
ou minha indelicada falta de jeito
que tirou do teu rosto a alegria
machucou fundo teu peito
fez te sentir como um lixo
quando por mim mostrava afeição
e por conta do meu inútil capricho
jogou nosso amor no chão

Não sei por onde termino
não sei se te rogo
ou... simplesmente desatino
se me consolo... ou tua sentença revogo
pedindo aos céus uma ajuda
e ao inferno que me leve
ou me cure num banho de arruda
que teu silêncio, então, seja breve
pois tua ira é como veneno
que cessa meu coração de bater
e em teu perdão verei um aceno
uma nova razão... pra de novo viver


29 de agosto de 2007, 19h53
guerinis@uol.com.br