Não vou dizer adeus...
Estou segura por detrás das grades
Enquanto passam olhando o jardim
A noite esconde as cores do jasmim
E o branco é o céu que aqui invade...
Sobre olhar atento do tempo, dorme
Abrigada de todas as dores do mundo
Ainda que tua dor aqui me consome...
Tira o sono e a fome; e cala tão fundo
Que a palavra se perde; atadas mãos
Lábios calados, e esse olhar marejado
Por tua ferida exposta, e eis a canção...
Não quero adeus, apenas te ver curado.