Alma resiliente

Só desejo encontrar um portal,

Onde possa me mostrar outra verdade.

Um modo simples, tremendo e surreal,

Completamente diferente dessa realidade.

Estou tão desacreditada do ser humano,

Insuportável viver respirando o mesmo ar.

Em um arremedo de vida, triste sina,

O mais sábio não mais ensina.

Repleto de subterfúgios, para sair por cima,

Mentindo, condicionando ao erro, dando-se bem,

Espalhando a maldade, às custas daqueles que menos têm.

***

É notório que esta dimensão não é a minha.

Alguém finge compaixão –

No fundo é mais a questão de se sobressair.

De pessoas bem intencionadas,

O inferno está repleto.

Desse tipo de gente, quero distância,

E nenhuma delas por perto.

Por isso, estou aqui –

Em minha constante “solidão”.

No meu profundo estado de graça,

Presenteando somente –

Os que demonstram genuína emoção.

***

A vida –

Parece até uma contradição.

No pulmão o oxigênio –

Expandindo-se.

Olhando-se para frente,

Uma nuvem cinzenta –

Ao invés da constelação.

O brio se perde –

Sem a menor realização.

Quem é que se compadece?

Nenhum estado de excitação.

Viajando pelas entrelinhas,

De pura imaginação.

Vejo o céu –

Descortinando-se –

Em poesia.

Eclodindo nos poros,

Enaltecendo a alma.

Basta letargia,

No raiar –

De mais um dia!

***

Blog Poesia translúcida

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Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 09/11/2021
Código do texto: T7381846
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