Resiliência
Fecho meus olhos
No intuito de sentir oque me rodeia
As energias que emanam
As forças que me influenciam
A sensação estranha de ter vivido nas sombras
A amargura de um passado que me assombra
Poderia eu ter feito diferente?
E se algo que me rodeia tiver mais do que simples influência
Fechei meu coração na ausência de certezas
Mas alguém tem certeza alguma de alguma coisa?
Numa tarde dessas de domingo
Encherguei pela fresta, uma luz
Talvez no domingo 17 de outubro de um tal ano 2021
Quase cega da imersão de plena escuridão
Consegui ver a luz
Uma luz insistente a brilhar
Resolvi arrancar de mim, a vontade de me manter letárgica
Abri meu casulo sorrateira e me permiti chegar ao que me chamava
Queria olhar de perto oque insistia em em ter minha atenção
Foi então que vi as correntes que me prendiam a minha insignificância
Cair por terra
Eis que a esperança é um fio
Que te mantém vivo
Mesmo que inerte
Abri meu coração pra receber oque a luz me propunha
Eis que algo novo ressurgiu
Algo quente e aconchegante
Algo acolhedor
Então olhei pra trás e entendi todas as provações
Percebi que teria eu que ter passado pelas trevas
Para enfim reconhecer a luz
Eis que surge a esperança
Vivemos tempos de egocentrismo
Onde um olhar mais profundo
Quase sempre causa dor
Eis que como a fênix me vi renascer
Esperançosa
Eis que há possibilidade de um futuro pelo que lutar
Se atente a luz que te guia
Sinto que oque nos rodeia é uma guerra constante
Trevas e luz
Então eis de ter sabedoria de pra onde deve olhar
As pessoas também podem ser luz