VENTOS DO TEMPO

Eu, absorto em mim, vasculho meu silêncio.

Em devaneios tento uma fuga, uma retirada,

E em sonhos, com ela, a mulher amada,

Perco-me em meus pensamentos.

És a beleza que em abstração me liberta,

Fazes-me sentir humano em inspiração,

Onde teço meus versos em solidão

Quando finjo ser teu poeta.

Brisa suave que acaricia a minha face

De peregrino que contempla as estrelas,

Que iluminam os versos que me trazem paz.

Os ventos que me levam pela vida,

Fizeram-me encontrar-te em doce caminho,

Bálsamo que cura minhas feridas.

Vicente Mércio
Enviado por Vicente Mércio em 24/10/2021
Código do texto: T7370432
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