VENTOS DO TEMPO
Eu, absorto em mim, vasculho meu silêncio.
Em devaneios tento uma fuga, uma retirada,
E em sonhos, com ela, a mulher amada,
Perco-me em meus pensamentos.
És a beleza que em abstração me liberta,
Fazes-me sentir humano em inspiração,
Onde teço meus versos em solidão
Quando finjo ser teu poeta.
Brisa suave que acaricia a minha face
De peregrino que contempla as estrelas,
Que iluminam os versos que me trazem paz.
Os ventos que me levam pela vida,
Fizeram-me encontrar-te em doce caminho,
Bálsamo que cura minhas feridas.