TEMPESTADE E EMPATIA
Aperte minhas mãos com toda força que lhe resta; estou aqui. Quando precisar faça o menor sinal para eu estar contigo.
Sempre que preciso for, balancarei o cilindro para ajudar a sair a menor partícula do oxigênio que ainda resta.
Suas mãos calejadas, marcadas dos sinais da luta: sobrevivência! O terço branco, enrolado em seus dedos e unhas que traduzem a labuta cotidiana, é também, mais um sinal que jamais se pode negar a oblação.
Minha humanidade, fruto de uma só raiz, pede que eu esteja sempre aqui, ao seu lado segurando a sua mão.
A fronte encostada do meu rosto, em suas falanges, transpira os mesmos suores do sopro da vida, em gotículas de amor, paz e empatia.
--Que aliás, não sou eu que peço, mas meu espírito de Ser!
Carlos Alberto Barbosa.