Eu aceito!

Sim, eu aceito!
Tudo o que de tão divino me explode o peito
Tudo o que venha por destino e me deixe sem jeito

Sim, eu aceito!
Na pele todos os rubores
Da boca, todos os sabores
Das flores, todos os odores
Que ao som de todos os tambores
Na luz, encontre a proteção para todos meus temores

Para que da vida mereça todos os amores

Em troca, prometo ser bom sujeito
Tratar o sentimento alheio com respeito

Não prometo ser perfeito
Mas lutar pelo meu direito
Da hora que levanto, até quando me deito
De ser feliz e tirar dessa vida mais que o sustento,
algum proveito.

Sei que às vezes tropeçarei, isso não tem jeito
Se perceber a trilha torta,
pode deixar que eu mesmo ajeito
Qual caminho seguir? Ainda não sei direito
Mas se a ideia for desistir, essa eu rejeito.

Dos que desistem tenho dó,
Mas não tenho preconceito
Não entendem que tudo vira pó
Já que um dia, hão de descansar em algum leito

A vida não dá ponto sem nó,
Só vai levar o que foi sentido
Por isso eu tenho dito e tenho feito!


Foto: Lenita Melo
Morro de São Paulo _ Bahia