OS MEUS MEDOS
Tenho medo não sei eu de quê,
É um medo que me persegue,
Tenho de indagar pois porquê,
Qual será o mal que se segue.
Os meus medos são variados,
Não tenho antídoto para eles,
Vou resistir com todo empenho,
Assim não me falte o engenho.
Os medos têm receio de mim,
Acham que os posso afrontar,
Lutarei sempre como até aqui,
Até por fim os poder derrotar.
Vou de vez acabar com medos
Que se acham mui poderosos,
Embora sejam maus e azedos,
Nāo têm miolo e nem caroços.
Os medos foram pois extintos,
Nem lhe valeram seus instintos,
Perderam a noção da sua vida,
Que acabou por ser destruída.
Ruy Serrano - 21.07.2021