A FEITICEIRA
Não me enganas, és feiticeira de verdade,
Vieste do além para espalhares na terra
O teu feitiço, sem escrúpulos e tão bera
Que és ameaça de veneno e de maldade.
És feiticeira de nome, disfarçada de mulher,
Onde não deves metes sempre a tua colher,
Vou fazer os impossíveis para te prejudicar,
Não hás-de qualquer tua maldade praticar.
Repudio teu nome, tua presença perigosa,
Vou fazer com que sejas o mais vagarosa
Que te faça desistir dessas más feitiçarias.
Irei praticar muitas e tão severas judiarias.
Desiste dos teus feitiços, são só idiotices,
Escolhe outra profissão, com mais futuro,
Esta por ser falsa é como pão muito duro
Que não consegues trincar, são chatices.
Deixarás de ser feiticeira num dia qualquer,
Quando chegar à triste conclusão e quiser
Que tu desapareças duma vez pra sempre,
Tal como uma nojenta e vencida serpente.
Ruy Serrano - 20.07.2021