A CASINHA DA ROÇA
A CASINHA DA ROÇA - João Nunes Ventura-07/2021
Correm ventos da tormenta
E assim tudo hoje é solidão,
Que minha crença simpatia
Meu tesouro é a plantação.
E tenho saudades meu Deus
Os meus tempos em criança,
Quando se ouvia as histórias
No meu sertão de esperança.
A minha casa muito humilde
E espalha plantas pelo chão,
E no terreiro cisca a galinha
Canta galo lá no meu sertão.
Minha casa feita com amor
E doces tempos de outrora,
Que ao redor lindas roseiras
Pássaros cantam na aurora.
Tribo errante de andorinhas
Fazem seus ninhos no verão,
Chove nas encostas dos rios
Águas irrigam valas do chão.
E berra a cabra no chiqueiro
Bem longe relincha o cavalo,
Na igrejinha o toque do sino
Até silencia o canto do galo.
Vamos menina linda amada
E depressa ao sertão voltar,
Logo no rio do nosso sonho
Em suas águas a se banhar.
Vamos dourar sol da manhã
Relembrar os beijos ao luar,
Passear nos jardins floridos
Em montes divinos se amar.