VERDE

Entre os canteiros ergui a cabeça e meus olhos vidraram-se em tamanha beleza.

Naquele chão de barro vermelho enxerguei a mais bela borboleta.

Tão exótica para mim. Um verde único e delineado pelas linhas pretas compunha uma obra de arte natural inimaginável. Que imensurável era sua delicadeza. Tão frágil e tão forte se perdia no milharal, mas voltava, porque sabia que eu precisava dela. Creio eu que ela suspeitou de tamanha confusão que causou dentro de mim. Sim, para mim foi um momento surreal. Ela transmitia paz e como agora não a tenho, a chamarei para sempre de borboleta esperança. Ela um dia a de voltar mais uma vez.

Ronaldo Crispim
Enviado por Ronaldo Crispim em 07/07/2021
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