ALÍVIO...
Enquanto perdurar mal infecto
Inda lerei de teus olhos, teu medo
...teu grito ensurdecedor, calado
Tentando decifrar, indecifráveis segredos
...teus desejos, suplicantes de amor!
Ainda que posto mal funesto
E de ti agora vertem sais
Encharcando tecido sagrado
O que aprisiona de tua boca, teus ‘ais’
Gritantes..., emergentes, inefáveis, verbos de dor!
Eis que persiste achaque malvado
Que deste par de lentes teimam despejar
Gotas infinitas de um sinal, replicante e inacabado
Numa sina que corrói, e que não quer se acabar
Passados temporais, ventos, chuvas, frio e calor!
Não satisfeito minar, a levar vidas, o tal sinistro
Na sanha de perpetuar a cólera dos que choram suas idas
Derramadas, estiradas em covas profundas, lado a lado
Certas, incertas, aceleradas, sentidas e sofridas partidas
Inconformadas, não conformes, levadas pelo desamor!
Mas há de sucumbir, à tempo, o maldito
Aí, os teus..., os meus..., os nossos olhos sorrirão
Irão gargalhar novamente, num grito gigante e sufocado
Aí..., todos e todas, pelo alívio bendito, se abraçarão
Abençoada VACINA! Sagrada Vida!
Abençoado...
Deus, o nosso Santo e Senhor!