O inverno e a Rosa
Bafejando o vento frio fenece a rosa,
Suas pétalas ficam logo esmaecidas
As folhas se enrugando, enegrecidas
Perde seu viço a flor mais primorosa.
No inverno tenebroso sua alma gela
À noite a brisa açoita-lhes os galhos
Que logo são banhados de orvalhos
Criam a gota d'água e a pétala mela.
No tempo gélido, cruel e induferente
Uma frágil rosa, pelo sol abandonada,
Na fria estação padece amargurada.
E o vento só a castiga inclemente...
Só quando o deus Bórea aliviar puder
Seu sofrimento e amainar a ventania
Soprando pra longe toda sua agonia
E outra vez acesso ao Sol à rosa der
Terá ela mais um novo ciclo pra viver
E na primavera, onde tudo é alegria,
A rosa voltará a ser tema de poesia
E nos jardins fará a beleza renascer.
Adriribeiro/@adri.poesias