Lua Nova!
Só, a soluçar e vagar pela noite crestada
Dá ares de estar, se minguando
Parece entristecida, sim ela está chorando
Sentida, esquecida, abandonada!
Não tem estrelas, só nuvens e breu
Que pena jogada no espaço, dengosa
Logo, sempre tão charmosa
Nebulosa! O que será que aconteceu.
Tão só nova noite, lhe é inda fiel
Sequer assovios, nem corujas piando
Continua fraquinha, definhando
Sozinha, pensando, perdida no céu!
Se não for uma chuvinha caindo na terra
Se não forem brumas vistosas em prata
São lágrimas e agora, tadinha disfarça
Copiosa, a chorar nos ombros da Serra!
Reproduzida noite, repetido abandono
Percebo-a refazendo-se, pouco a pouco
De minha janela torcendo, quase louco
Num amainado orvalhar de outono!
A esperar esperança, que nunca é tardia
Lua Nova, salpica milhares de estrelas dançando
Parece sorrir, já não está mais chorando
Finda bela noite pra raiar mais bela, noutro dia!
Só, a soluçar e vagar pela noite crestada
Dá ares de estar, se minguando
Parece entristecida, sim ela está chorando
Sentida, esquecida, abandonada!
Não tem estrelas, só nuvens e breu
Que pena jogada no espaço, dengosa
Logo, sempre tão charmosa
Nebulosa! O que será que aconteceu.
Tão só nova noite, lhe é inda fiel
Sequer assovios, nem corujas piando
Continua fraquinha, definhando
Sozinha, pensando, perdida no céu!
Se não for uma chuvinha caindo na terra
Se não forem brumas vistosas em prata
São lágrimas e agora, tadinha disfarça
Copiosa, a chorar nos ombros da Serra!
Reproduzida noite, repetido abandono
Percebo-a refazendo-se, pouco a pouco
De minha janela torcendo, quase louco
Num amainado orvalhar de outono!
A esperar esperança, que nunca é tardia
Lua Nova, salpica milhares de estrelas dançando
Parece sorrir, já não está mais chorando
Finda bela noite pra raiar mais bela, noutro dia!