O IMPERADOR DOM PEDRO II VOLTOU... * 16h56min.
Pode o céu do desterro ser tão belo,
Quando o céu do país que nascemos;
Nada faz com o nosso desprezemos,
Acalentando o sonho de revê-lo.
Todos os nossos ideais pomos no anelo
De regressar, e voando sobre extremos,
Com pensamento ansioso percorremos
Nosso amado rincão, lindo ou singelo.
Jaz no desterro a plaga da amargura,
De acerba pena ao pobre penitente,
De amado pranto a da alma torturada:
A alegria no exílio é desventura,
É a saudade da ânsia mais pungente
De retornar a pátria idolatrada.
PEDRO DE ALCÂNTARA
O último imperador deixou alguns sonetos, que, bem o sabemos, há quem diga não serem de sua lavra. Ignoramos por que D. Pedro II, alma boníssima, vibrátil, e espírito culto, não pudesse fazer o que fazem tantos outros patrícios nossos, a ponto de ser correntio o conceito de que todo brasileiro é poeta aos vinte anos. De qualquer forma, entretanto, o que se poderá negar é a estreita afinidade destes sonetos com os que de D. Pedro, conhecemos. Dados da Federação Espírita Brasileira.
*Adendo nosso.
Após uma série de seis singelos textos, sobre o período da monarquia no Brasil, no último (VI) pretendíamos terminar com uma poesia do Imperador Dom Pedro II,
mas o espaço da folha já havia terminado, razão pela qual estamos fazendo hoje
O ex Imperador do Brasil, em 1932, ou seja, 41 anos de seu desenlace em Paris, “retorna” em espírito a Pátria do Cruzeiro, escrevendo, através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier, nove poesias, no seu primeiro e monumental livro Parnaso de Além Túmulo. 17h32min.
Curitiba, 25 de abril de 2021 – Reflexões do Cotidiano – Saul
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