Quando as máscaras caírem
Quanto tempo faz exatamente ?
O que virou supérfluo e o que virou urgente ?
Parece que agora somos todos iguais
Vivendo essa vida tão diferente
Você que não tem nada a perder, tem medo
Você que todo dia levanta cedo, tem medo
Você que até então, estava no sossego, também tem medo
Você que gosta de produzir o medo, lá no fundo, tem medo
Existe muita luz no fim do túnel
Existem formas de driblar o baixo astral
Parece tão fácil dizer
E pra fazer, parece sobrenatural
Não se cobre de mais nada
Toda forma de espanar também deve ser reconhecida pela Anvisa
Se preferir se alienar, vai lá
Quando tudo terminar, alguém te avisa
Se quiser lutar, respire fundo e não saia do seu lar
Se quiser ser parte, tem que ser membro da seleta corte, nascida pra curar
Todo meu respeito e a certeza de que lá no céu, vocês têm o seu lugar
Há espaço para otimismo e perseverança
Há bastante vaga para quem soma, agrega e preserva a aliança
Há quem se reinventa e tenta não perder a esperança
Por dentro de tanta incerteza ter saúde e comida sobre a mesa, parece vantagem
A saúde, que por vezes descuidamos e agora a alimentamos, como pais de primeira viagem
Cada dia na batalha por mais espaço, com saudades de um abraço e tudo que virou exceção
Seguimos evoluindo, higienizando até o pensamento, que nesse doloroso momento, merece toda a atenção
Quando as máscaras caírem
E todos os rostos sorrirem
Saberemos que não foram em vão
Pensar o bem, viver o bem e querer o bem, de toda uma nação...