Quando as máscaras caírem

Quanto tempo faz exatamente ?

O que virou supérfluo e o que virou urgente ?

Parece que agora somos todos iguais

Vivendo essa vida tão diferente

Você que não tem nada a perder, tem medo

Você que todo dia levanta cedo, tem medo

Você que até então, estava no sossego, também tem medo

Você que gosta de produzir o medo, lá no fundo, tem medo

Existe muita luz no fim do túnel

Existem formas de driblar o baixo astral

Parece tão fácil dizer

E pra fazer, parece sobrenatural

Não se cobre de mais nada

Toda forma de espanar também deve ser reconhecida pela Anvisa

Se preferir se alienar, vai lá

Quando tudo terminar, alguém te avisa

Se quiser lutar, respire fundo e não saia do seu lar

Se quiser ser parte, tem que ser membro da seleta corte, nascida pra curar

Todo meu respeito e a certeza de que lá no céu, vocês têm o seu lugar

Há espaço para otimismo e perseverança

Há bastante vaga para quem soma, agrega e preserva a aliança

Há quem se reinventa e tenta não perder a esperança

Por dentro de tanta incerteza ter saúde e comida sobre a mesa, parece vantagem

A saúde, que por vezes descuidamos e agora a alimentamos, como pais de primeira viagem

Cada dia na batalha por mais espaço, com saudades de um abraço e tudo que virou exceção

Seguimos evoluindo, higienizando até o pensamento, que nesse doloroso momento, merece toda a atenção

Quando as máscaras caírem

E todos os rostos sorrirem

Saberemos que não foram em vão

Pensar o bem, viver o bem e querer o bem, de toda uma nação...

Alan Kovatch
Enviado por Alan Kovatch em 24/04/2021
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