Saudosos abraços
Isola me fisicamente
Cerradas as portas
Gradeadas as janelas
Encarcerado por decreto
Sou mero objeto?
Fecho as pálpebras,
Fujo em divagações,
Relembro afagos por hora distantes
Revogo em meu âmago
Minhas armadilhas existenciais.
Estamos escravos deste excesso de tempo,
Do desejo de viver nossas saudades
Dos sabores e perfumes que se fazem distantes,
Contudo, tão ardentes na memória.
É tudo tão presente
e ao mesmo tempo tão ausente,
Tão carente de proximidade...
Sinto muita falta daqueles abraços.