Saudosos abraços

Isola me fisicamente

Cerradas as portas

Gradeadas as janelas

Encarcerado por decreto

Sou mero objeto?

Fecho as pálpebras,

Fujo em divagações,

Relembro afagos por hora distantes

Revogo em meu âmago

Minhas armadilhas existenciais.

Estamos escravos deste excesso de tempo,

Do desejo de viver nossas saudades

Dos sabores e perfumes que se fazem distantes,

Contudo, tão ardentes na memória.

É tudo tão presente

e ao mesmo tempo tão ausente,

Tão carente de proximidade...

Sinto muita falta daqueles abraços.

Sandro Colibri
Enviado por Sandro Colibri em 14/04/2021
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