São Paulo Sem Vida
Vejo uma São Paulo sem Vida,
Sem cor , tudo vazio
Uma cidade refém da Quarentena
Do vírus letal.
Impestada de silêncio,
Sem os engarrafamentos , sem correria
Sem os engravatados,
Uma cidade diferente .
Nem uma alma à vista,
Sem pessoas na rua, ou as poucas que vejo
Entram correndo em suas casas.
Ando só pelas ruas desertas desta cidade,
Fria e vazia,
Apenas o silêncio desta selva de pedra ,
Carregando em minha alma a solidão da cidade .
Encarno minha alma paulistana,
Com muitas incertezas do futuro,
Até quando segue esta quarentena?
O silêncio nunca andou por estas ruas,
A marginal com zero engarrafamentos?
O Pacaembu sem seus gritos ?
Uma cidade em silêncio,
Só interrompida pelas sirenes
Das ambulâncias por toda cidade
Pedindo para abrir caminho
Numa Avenida Paulista quase vazia.
Vejo uma São Paulo sem Vida,
Refém do silêncio,
Refém de um inimigo invisível,
Porém letal.
Uma cidade irreconhecível.
Uma tranquilidade atípica
Que invade a janela de minha casa,
Janelas repletas de pessoas presas ,
Em suas quarentenas.
Vejo nuvens negras engolir a cidade,
Uma nuvem de incertezas,
E uma chuva que molha ruas vazias.
São Paulo está sem vida,
Assustada, encolhida em suas casas
Vendo a loucura da Pandemia
Engolir a cidade .
Uma São Paulo preocupada com o futuro,
Sendo bombardeada de notícias em suas TVs,
Uma megalópole em silêncio
A procura de esperança e vida,
Pelas ruas desertas da cidade
Preservando o presente
Em busca de um futuro próspero.