VIVA CRISTO REY!
Miguel Agustín Pro aguarda os soldados:
será fuzilado
em alguns minutos.
O fotógrafo se aproxima
e, com presteza,
eterniza o rosto jovem
do padre.
Em preto-e-branco,
permanece o olhar
de quem não renega
a sua fé.
Em trajes civis, padre Pro caminha
para o seu martírio,
a glorificação.
Carrega consigo a certeza do céu
e um crucifixo e um rosário
aquecem-lhe as mãos.
Sem julgamento, condenado,
o corajoso padre abraça o seu destino.
Não lamenta, não chora.
O fotógrafo registra
o espetáculo da morte.
Amanhã os jornais estamparão
mais uma vitória socialista.
Matar um padre é dever,
Para o progresso de todos.
A religião, disse o santo Marx,
É o ópio do povo.
E, em nome da liberdade,
de novo se mata Jesus.
Não se nega um último pedido
a um infeliz condenado
e o padre Pro pede apenas
fazer uma última oração.
De joelhos, encomenda
a própria alma a Deus.
E o fotógrafo registra
a sua suposta vergonha.
Deus não existe,
pensa algum dos soldados,
para quem vai então
essa inútil oração?
Ergue-se o padre
e o pelotão se prepara
para exercer seu mister.
Miguel Agustín Pro abre os braços
e clama a Deus
que perdoe os seus algozes,
cegos que são
pelas brumas socialistas.
Abre os braços em cruz
E aguarda os tiros.
Um último grito
que até hoje ecoa:
VIVA CRISTO REY!
E as balas atravessam o corpo
do jovem sacerdote,
que só queria exercer
a sua fé.
O corpo tomba,
mas ainda não está morto
e um último tiro
(de misericórdia?)
reinicia o plano da Salvação.
Cristo recrucificado?
Nos jornais, estampadas as fotos,
o povo simples católico
escuta o grito do padre.
Queria o governo mostrar
o seu poder, a sua força.
Mas se deu o contrário.
O grito do padre ecoou
com uma força inaudita
e outras gargantas quiseram
também dar esse grito:
VIVA CRISTO REY!
E o povo simples do México
abandona as procissões
e se arma de coragem
para lutar contra a opressão.
Muito sangue mancha o chão
do México católico,
berço de mártires,
de gente pobre e simples
que luta e vive
a verdadeira
teologia da libertação.
Miguel Agustín Pro aguarda os soldados:
será fuzilado
em alguns minutos.
O fotógrafo se aproxima
e, com presteza,
eterniza o rosto jovem
do padre.
Em preto-e-branco,
permanece o olhar
de quem não renega
a sua fé.
Em trajes civis, padre Pro caminha
para o seu martírio,
a glorificação.
Carrega consigo a certeza do céu
e um crucifixo e um rosário
aquecem-lhe as mãos.
Sem julgamento, condenado,
o corajoso padre abraça o seu destino.
Não lamenta, não chora.
O fotógrafo registra
o espetáculo da morte.
Amanhã os jornais estamparão
mais uma vitória socialista.
Matar um padre é dever,
Para o progresso de todos.
A religião, disse o santo Marx,
É o ópio do povo.
E, em nome da liberdade,
de novo se mata Jesus.
Não se nega um último pedido
a um infeliz condenado
e o padre Pro pede apenas
fazer uma última oração.
De joelhos, encomenda
a própria alma a Deus.
E o fotógrafo registra
a sua suposta vergonha.
Deus não existe,
pensa algum dos soldados,
para quem vai então
essa inútil oração?
Ergue-se o padre
e o pelotão se prepara
para exercer seu mister.
Miguel Agustín Pro abre os braços
e clama a Deus
que perdoe os seus algozes,
cegos que são
pelas brumas socialistas.
Abre os braços em cruz
E aguarda os tiros.
Um último grito
que até hoje ecoa:
VIVA CRISTO REY!
E as balas atravessam o corpo
do jovem sacerdote,
que só queria exercer
a sua fé.
O corpo tomba,
mas ainda não está morto
e um último tiro
(de misericórdia?)
reinicia o plano da Salvação.
Cristo recrucificado?
Nos jornais, estampadas as fotos,
o povo simples católico
escuta o grito do padre.
Queria o governo mostrar
o seu poder, a sua força.
Mas se deu o contrário.
O grito do padre ecoou
com uma força inaudita
e outras gargantas quiseram
também dar esse grito:
VIVA CRISTO REY!
E o povo simples do México
abandona as procissões
e se arma de coragem
para lutar contra a opressão.
Muito sangue mancha o chão
do México católico,
berço de mártires,
de gente pobre e simples
que luta e vive
a verdadeira
teologia da libertação.