APENAS UMA LÁGRIMA!
APENAS UMA LÁGRIMA!
Carlos Roberto Martins de Souza
Estamos vendo o Brasil num oceano
As lágrimas de nosso povo ressoam
No descaso de um governante tirano
Do nosso mar transbordam escoam
As lágrimas não doem mas corroem
O que dói são os motivos do pranto
Do chorar que permitem que rolem
Levando embora o nosso encanto
Chorar é uma arte que poucos têm
É preciso empatia e coração aberto
Coração pedra maciça a elas retêm
O choro é o sinal da dor do deserto
A pandemia revelou algo doloroso
Um governante compaixão alguma
Há um ano ele se mostra rancoroso
Enquanto a dor do povo se avoluma
Com um coração de pedra marroada
Ele está pouco se lixando com o fato
Talvez tenha chorado pelo camarada
Queiróz da pescaria miliciano caricato
Presidente cadê as lágrimas no rosto
Mesmo que sejam as do tal crocodilo
Dinamite este peito deixe seu posto
De cruel insensível repugnante estilo
O senhor dá gargalhadas de caixões
Ri como um idiota da desgraça alheia
Eu você tem na morte suas paixões
Não é humano que corre na sua veia
Acho é veneno da perigosa cascavel
Amor não faz parte da agenda política
O seu ódio e esta sua conduta cruel
Você não tem afeição pela tal crítica
Senhor presidente só pensa no cargo
Chorar não é coisa de macho Messias
Para este cidadão nosso gosto amargo
É uma dura ameaça as suas mordomias
Quem nunca chorou por nada na vida
Não será pelos nossos queridos entes
Que este mal elemento deles dúvida
Por eles jamais ele vai ranger os dentes
Vai seguir na guerra contra os princípios
Ele quer tumultuar a nossa sofrida nação
Debochar ridicularizar causar arrepios
A ele importa correr atrás de confusão
O pai que cria filhos da estirpe dos seus
Com certeza absoluta não sabe a dor
Que machuca um coração pelo adeus
Diante de um ser cruel e escarnecedor