Dias melhores

Quase nada faz sentido,

e o que faz,

já não satisfaz

pois continuo perdido

Com todo sofrimento

o amor segue medroso

não se entrega, melindroso

segue, no peito, o confinamento

A revolta que me sufoca

é fruto da abundante ignorância,

que fortalecida em sua petulância

esvai a vida com o mal que evoca

Me pergunto qual o limite

para tamanha apatia

Seria a vitória da psicopatia

ou a derrota de quem se omite?

Sigo firme na esperança

de que não passe de um pesadelo,

e que todo ato de deszelo

desperte no brasileiro a perseverança

Que acorde o gigante contra o mito

da indiferença e incompetência

para que toda bondade e resiliência

lembrem-se de que tudo é finito