VALADO ROSAS VOLTOU...* 07h37min.
NA PAZ DO ALÉM
Dentro da noite grandiosa e calma,
Deixo Minh´ alma falar aqui,
Aos companheiros de luta e crença,
Da graça imensa que recebi.
Graça divina de haver sofrido,
De ser vencido no mundo vão,
Graças de haver sorvido tanto
O amargo pranto da ingratidão.
Na vida obscura e transitória
A nossa glória vive na dor,
Dor de quem sofre sonhando espera,
Com fé sincera, no Pai de Amor.
Subi o Gólgota dos meus pesares,
Que os avatares da redenção
São todos feitos nas amarguras,
Nas desventuras da provação.
Perdi na Terra doces afetos,
Sonhos diletos de sofredor,
Mas recebendo na grande escola
A grande esmola do meu Senhor.
E a Morte trouxe-me a liberdade,
A piedade, o amparo e a Luz!
Feliz quem pode na dor terrestre
Seguir ao Mestre com sua cruz.
Dados da Federação Espírita Brasileira.
VALADO ROSAS.
Nasceu em Viana de Castelo, Portugal, em 1871. Veio para o Brasil com quatorze anos e aqui viveu, poetou e desencarnou, na cidade de Caratinga (MG), aos 19 de janeiro de 1930. Seu nome é Lázaro Fernandes Leite de Val. Modesto quão talentoso, foi também um polemista e doutrinador espírita vigoroso, que ilustrou o pseudônimo na imprensa profana e doutrinária do Brasil de sua pátria.
Adendo nosso. Este poeta participou no livro Parnaso de Além Túmulo, com duas poesias, este livro foi impresso na sua primeira edição em 1932, portando faziam tão somente dois anos que o poeta havia desencarnado. Neste monumental livro, o primeiro do saudoso sensitivo, Francisco Cândido Xavier (1910/2002) o mesmo tinha tão somente 22 anos, não havia concluído o curso primário, isto até deu maior credibilidade a sua mediunidade, pois como poderia nesta “condição”, “imitar” diferentes estilos de poetas já “mortos”? Uns creem nesta possibilidade e outros nem tanto... Mas, terão sua própria constatação, pois a vida neste plano não é eterna... 08h08m.
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