APENAS PASSARINHO
Sou uma canção
Que voa nos jardins
Passeia entre as flores
Eu sou pena leve
Corpo frágil
Mas tenho o infinito dentro de mim
Vida breve
De folha em folha
De flor em flor
De brisa em brisa
Sou um sopro
Um ponto
Tão distante dos seus olhos
Que estão frio para o encanto do nascer do dia
Mas não paro de cantar
Pra te acordar todas as manhãs
Não pra esse mundo corrido
Mas querendo despertá-lo
Pra beleza das manhãs
Que sempre nova
Chama-o pra renovar o seu espírito
Nasce cheia de esperança
Querendo lembrá-lo
De quando eras
Cheios de sonhos
Com o infinito no olhar
E na sua inocência
Você era amor
Você era bom
Você era feliz
Quem sabe
Em uma nova manhã
Você desperte com o meu cantar
E comece novamente a admirar os pássaros
Do seu quintal.