APENAS PASSARINHO

Sou uma canção

Que voa nos jardins

Passeia entre as flores

Eu sou pena leve

Corpo frágil

Mas tenho o infinito dentro de mim

Vida breve

De folha em folha

De flor em flor

De brisa em brisa

Sou um sopro

Um ponto

Tão distante dos seus olhos

Que estão frio para o encanto do nascer do dia

Mas não paro de cantar

Pra te acordar todas as manhãs

Não pra esse mundo corrido

Mas querendo despertá-lo

Pra beleza das manhãs

Que sempre nova

Chama-o pra renovar o seu espírito

Nasce cheia de esperança

Querendo lembrá-lo

De quando eras

Cheios de sonhos

Com o infinito no olhar

E na sua inocência

Você era amor

Você era bom

Você era feliz

Quem sabe

Em uma nova manhã

Você desperte com o meu cantar

E comece novamente a admirar os pássaros

Do seu quintal.

Glorinha Gaivota
Enviado por Glorinha Gaivota em 14/02/2021
Reeditado em 14/02/2021
Código do texto: T7183912
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