A cabana do sossego
Quero construir o meu cantinho do sossego.
De hoje em diante ir visitá-lo com frequência.
Para ver se nele eu renovo a minha potência.
E ensino o meu espírito a praticar o desapego.
Vou enterrar qualquer sinal de dependência.
E buscar viver sem o temor da minha morte.
Fazer sucesso sem precisar tentar a sorte...
E quero amar sem dar espaço pra carência.
Vou criar uma brecha entre a fé e a incerteza.
Pra construir a minha cabana no entremeio...
Entre o sim e o não, a realidade e o devaneio.
E o esplendor espelhar-se-á na bela natureza.
Nessa cabana filosófica e de cerne abstrato,
Pinto meu céu da cor azul do mar profundo...
As quatro paredes se limitam com o mundo...
E com o seu Dono firmarei o meu contrato.
Em meio ao silêncio redigirei o meu estatuto.
Nele, vou pôr tudo em ordem de importância.
Assim o amor e a felicidade terão constância.
Com paz de espírito assinarei esse constructo.
Adriribeiro/@adri.poesias
Poema baseado no Prefácio do livro "Cortella e karnal e Pondé -Felicidade: modos de usar", escrito pelo também Filósofo e Pensador Clóvis de Barros Filho.