A cabana do sossego

Quero construir o meu cantinho do sossego.

De hoje em diante ir visitá-lo com frequência.

Para ver se nele eu renovo a minha potência.

E ensino o meu espírito a praticar o desapego.

Vou enterrar qualquer sinal de dependência.

E buscar viver sem o temor da minha morte.

Fazer sucesso sem precisar tentar a sorte...

E quero amar sem dar espaço pra carência.

Vou criar uma brecha entre a fé e a incerteza.

Pra construir a minha cabana no entremeio...

Entre o sim e o não, a realidade e o devaneio.

E o esplendor espelhar-se-á na bela natureza.

Nessa cabana filosófica e de cerne abstrato,

Pinto meu céu da cor azul do mar profundo...

As quatro paredes se limitam com o mundo...

E com o seu Dono firmarei o meu contrato.

Em meio ao silêncio redigirei o meu estatuto.

Nele, vou pôr tudo em ordem de importância.

Assim o amor e a felicidade terão constância.

Com paz de espírito assinarei esse constructo.

Adriribeiro/@adri.poesias

Poema baseado no Prefácio do livro "Cortella e karnal e Pondé -Felicidade: modos de usar", escrito pelo também Filósofo e Pensador Clóvis de Barros Filho.

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 31/01/2021
Reeditado em 24/03/2021
Código do texto: T7173165
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