Ser eterno

E suplantou, o homem, ao tempo

Na história se fez vivo, perpétuo

Pois escreveu num lenço molhado

De suor e lágrimas, com linhas de sangue

Traçadas na ponta da pena

O amor não vivido, o fato ocorrido,

E o sonho desfeito

Quem sabe, o abandono de uma noite

Retirou lá de dentro a dor de seu peito,

A força e o dom do guerreiro

Para enfrentar e vencer a labuta,

E deixou aos terceiros, herdeiros,

Num gesto bem terno, o saber,

Que o homem é sempre eterno.

Miro Homemnegro
Enviado por Miro Homemnegro em 28/01/2021
Reeditado em 06/02/2021
Código do texto: T7170659
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