Ser eterno
E suplantou, o homem, ao tempo
Na história se fez vivo, perpétuo
Pois escreveu num lenço molhado
De suor e lágrimas, com linhas de sangue
Traçadas na ponta da pena
O amor não vivido, o fato ocorrido,
E o sonho desfeito
Quem sabe, o abandono de uma noite
Retirou lá de dentro a dor de seu peito,
A força e o dom do guerreiro
Para enfrentar e vencer a labuta,
E deixou aos terceiros, herdeiros,
Num gesto bem terno, o saber,
Que o homem é sempre eterno.