De olhos bem abertos

Eu vejo um montante de vozes

Indignadas

Antes resignadas

Agora altas e fortes

Eu vejo agora

O que muitos não veem

Mas irão ver

No próximo amanhecer

Da esperança

Guardada em milhares de corações

Apontados como canhões

Para brandar o canto dos oprimidos

Sim, aqueles que foram feridos

Pela adaga da tirania e ambição

Eu vejo

E quero continuar a ver

Pois para isso olhos vim a ter

Vejo, logo sou responsável