ABRIGO E CESTA DE PÃO
ABRIGO E CESTA DE PÃO - João Nunes Ventura-01/2021
Não morra menina é cedo ainda
Não sofra não chore seu coração,
Embora simples a minha palhoça
É o meu abrigo – onde tem o pão.
A flor perfumada vem do jardim
O sol quente se espalha no chão,
Sempre eu pensei a ti oferecer
Calor do abrigo – e fatias de pão.
No lencinho branco que eu te dei
Não molhe ou enxugue a solidão,
O livre agasalho que eu oferto a ti
Sombra no abrigo – e bolo de pão.
Minha morada é alegre e cheirosa
Onde a tarde faço a minha oração,
Aroma vem nos aromais das flores
Lá no meu abrigo – delícia de pão.
Eu a vejo triste e bela a caminhar
No peito suspiro e tamanha aflição,
A minha mão amiga a lhe convidar
Água em meu abrigo – doce de pão.
Quem sabe um dia você se recorde
Dos felizes tempos lá no meu sertão,
Você aos necessitados distribuindo
No saudoso abrigo – cestinha de pão.