CIOS CAMBIANTES
No tapete da imaginação
busco o branco das nuvens
Jardim flores de algodão.
Onde estradas são labirintos
centeio sementes pelo chão
olhos da aurora no amanhã.
Somos vaga-lumes da noite
que na folha, todo aconchego,
fazendo nossa festa a dois.
Somos toda vela e direções
se preciso for, pelas frestas:
porém, sem nada pra depois.
Desfaçam no relógio da vida
o compasso que não convém,
coração no peito batendo solto.
Servindo-se do dia e da noite,
certos que o ontem, como hoje,
são duas passagens, sem retorno.