CIOS CAMBIANTES

No tapete da imaginação

busco o branco das nuvens

Jardim flores de algodão.

Onde estradas são labirintos

centeio sementes pelo chão

olhos da aurora no amanhã.

Somos vaga-lumes da noite

que na folha, todo aconchego,

fazendo nossa festa a dois.

Somos toda vela e direções

se preciso for, pelas frestas:

porém, sem nada pra depois.

Desfaçam no relógio da vida

o compasso que não convém,

coração no peito batendo solto.

Servindo-se do dia e da noite,

certos que o ontem, como hoje,

são duas passagens, sem retorno.

Henrique Rodrigues Inhuma PI
Enviado por Henrique Rodrigues Inhuma PI em 05/01/2021
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