VITÓRIA
Existem sonhos tão simples que se tornam gigantes, impossíveis,
Inacessíveis, de repente, qualquer vivente constatará com tristeza
Que nada mais poderá ser feito, o peito sente a lâmina virtual, mal
Sofreu o golpe e já sangra, grita desesperado por socorro e morre.
Parece o fim, questão de perspectiva, há quem viva por uma bola
E se ela não cai, não há um plano b ou saída, é doença contraída
Que se cura com tempo e remédio, por intermédio de gente capaz
De assimilar pancadas sem nunca se dar por vencido, nada é fácil.
Quando menos se espera, uma sucessão de notícias boas, a festa
Parece inevitável, novas cores e contornos, estornos e reparações,
De volta ao jogo, às muitas oportunidades que se alinham à frente,
Dá para escolher, pegar, correr para o abraço sem ressentimentos.
Mais calmos, os olhares miram lembranças e percebem muito mais
Do que foram capazes no olho do furacão, existe sempre uma mão
Estendida, alguém que socorre e carrega os debilitados, pode crer,
Não há vencedores ou vencidos, só vitória para quem amou e ama.