Solidão
Solidão (52)
I
A solidão; corrói e mata,
E a alma, disso está farta!
Porque, sente falta de carinho,
Vivendo, sem encontrar caminho!
II
Um coração, muito amargurado,
Vive solitário, abandonado!
Por isso inventa, preenchendo o vazio,
Como chuva, que vem no estio!
III
Ao anoitecer, descem sombras,
Esvoaçando quais pombas.
Povoadas, de vis pensamentos,
Coroadas de escuridão e lamentos!
IV
E a alma solitária, chora,
Tentando esquecer tempos d ‘outrora!
Que torturam e dilaceram,
Cicatrizes, que esquecimentos encerram!
V
Gente, carregada de pesadelos,
Buscando forma, de esquece-los!
Ansiando, um abraço carinhoso,
Dum companheiro fiel, harmonioso!
VI
Que saiba, também animar,
E saiba, novo rumo te dar,
E que te queira, sempre amar!
VII
Encontrar o amigo, mui leal,
Que nos afaste, do lodaçal.
Qual barco em porto de abrigo,
É assim, um verdadeiro amigo!
J. Rodrigues 23/01/06