VONTADE CONTIDA
Vontade tenho de voar e somente parar
Quando chegar à outra dimensão,
Lá ficar e não mais voltar
A essa realidade, por demais sofrida.
Ah! céus, firmamento inteiro,
Deixa-me, voando, voando,
Não ter que parar nunca mais,
Lá ficar e não mais voltar
Nem mesmo chegando à outra dimensão.
Voar, voar, seria o meu destino,
Não parar em coisas tristes e efêmeras
Que me matam, pouco a pouco, a matéria.
Teresina, 03 de agosto de 2005.
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Francisca Miriam Aires Fernandes, em "Safra Poética", 1ª edição, CBJE, Rio de Janeiro, 2020 (Página 35).
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