Com vida
Não, não quero títulos.
Não, não quero rótulos.
Não, não quero a morte.
Agora? Deixai-me viver, deixai-me secar.
Nesta vida, assim farei, assim serei.
Destruir a imagem para realmente ser.
Assim sou, apartir de agora.
Sou o farol, faraó que vê.
Enviado da dúvida que é a certeza.
Criado na certeza que é a dúvida.
Preencherei meu vazio com mundo,
que é mais vazio que eu, pois este é minha extensão.
Deixo viver, deixo chorar, pois sei que tua dor
no fundo é dó, de si mesmo. Te deixarei suicidar,
a menos que eu te ame. Se te amo te salvarei, para que você saiba aquilo que nunca saberei,
o valor da vida!
Não falo a você, falo a cada um, ao mundo que nada é. E Repito! Nada és apenas por ser, ser e não ser, o mesmo são, a variar o observador e a intensidade, ou seja, são concomitantes e complementares.
O ser do não ser, nada é. O não ser do ser, nada é. O ser do ser detém o não ser e por isso abriga o nada.
Se falo e não entendes, pense mais, leia mais e viva mais. Não sou um deus, se sei é por que chorei é por que morri, se falo é por que sou e estou vivo. Vivo, porém penso como um...
Morra e entenda a morte, o morto.
Ainda não estas pronto neófito, acalme-se. O vazio ainda te espera, não tente entende-lo de uma só vez. Não! Tente, engula e morra! Mas cuidado, muitos não voltam e morrem(se matam), outros voltam e temem o nada(mais que tudo(vivendo miseravelmente)) e já outros retornam achando que estão sãos(Estes foram invadidos pelo nada, Deus os abandonou). Acalma-te aprendiz, estou no terceiro, o único que conheço. Sugiro cuidado na arte de entender o tudo, o nada, muito cuidado, pois nos ensinaram a negá-lo e se você negar algo que te forma será o fim de teu crescimento.
(Borg)