FLOR DA AMORA
 
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Parece estar abandonada
Largada, amofinada 
Arqueada e triste

Em vaso alquebrado
Com restos de alpistes

Sem vida, sem passarinhos 
Sem ninhos, à cuidar

Jogada e secando, ao chão.
Parece estar morrendo
Alguém poderá pisar

Desfalecendo de dor
No fulgor da quimera
Da mais linda estação!
 
A flor teimosa, já quase sem forças
Pois, sua última gota aguada
Correu, se perdeu,
Não chegou regar raiz

Não verteu pelos cantos da estrada
Mas não se entrega
A guerreira, danada

Não ajoelha e nem cai
Só sobeja, lamentando seus “ais”
A flor pequenina, é gigante
De beleza outrora, exuberante
Se já não mais, como antes
Garante, desistir?
Nunca, ...jamais!
 
Um pingo de chuva, pingou
Vieram mais...
Enfileiraram gotículas
De chuviscos torrentes

De repente, Lágrimas Florais
Garoa, brumas, neblinas,
Levantando a Flor Pequenina
E essa, esta nossa heroína
Sabem, quando jaz?
Quando irá se entregar?

Nunca morrerá;
Vai vingar...rebrotar;
Vai dar frutos e viver!
Pra morrer?

Nunca...,
Pois jamais morrerá!!!
 
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SERRA GERAL
Enviado por SERRA GERAL em 02/11/2020
Reeditado em 02/08/2021
Código do texto: T7102594
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