A noite

A noite que aqui está

Como se findará?

De fora escuto ruídos.

Não era pra ser silenciosa?

A noite é para quem dorme

Perdoe a rima pobre

Uma pessoa ébria

Não sabe o que é uma trégua.

Importa perder o ritmo

Ou deixar de ser digno?

As duas coisas são

Pra quem vive sem ser sã.

Dois pra lá

Dois pra cá

Segue assim o quarteto

No quarto obsoleto

Sem beijo de boa noite

Sem afago e nem açoite

Um pra lá

Um pra cá.

Espera-se um novo dia.

De sol, sem agonia.

Bárbara Daniane
Enviado por Bárbara Daniane em 25/10/2020
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