A noite
A noite que aqui está
Como se findará?
De fora escuto ruídos.
Não era pra ser silenciosa?
A noite é para quem dorme
Perdoe a rima pobre
Uma pessoa ébria
Não sabe o que é uma trégua.
Importa perder o ritmo
Ou deixar de ser digno?
As duas coisas são
Pra quem vive sem ser sã.
Dois pra lá
Dois pra cá
Segue assim o quarteto
No quarto obsoleto
Sem beijo de boa noite
Sem afago e nem açoite
Um pra lá
Um pra cá.
Espera-se um novo dia.
De sol, sem agonia.